Veio a imprensa, foram-se os copistas, mas o símbolo @ continuou a ser usado nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades de mercadoria e o preço por exemplo: o registro contábil 10@£3 significava 10 unidades ao preço de 3 libras cada uma. Nessa época, o símbolo @ já ficou conhecido, em inglês, como at (a ou em).
No séc. XIX, nos portos da Catalunha, o comércio e a indústria procuravam imitar as práticas comerciais e mensuráveis dos ingleses. Como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses atribuíam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo seria uma unidade de peso. Para esse entendimento colaboraram duas coincidências: a unidade de peso comum para os espanhóis na época era arroba, cujo a inicial lembra a forma do símbolo; os carregamentos desembarcados vinham frequentemente em fardos de uma arroba.
As máquinas de escrever, na sua forma definitiva, começaram a ser comercializadas em 1874, nos Estados Unidos. O teclado tinha o símbolo comercial @, que sobreviveu nos teclados dos computadores. Em 1972, ao desenvolver o primeiro programa de correio electrónico (e-mail), Ray Tomlinson aproveitou o sentido do símbolo @ (at), disponível no teclado, e utilizou-o entre o nome do usuário e o nome do provedor. Assim, Fulano@ProvedorX ficou significando Fulano no ProvedorX.
Em diversos idiomas, o símbolo @ficou com o nome de alguma coisa parecida com sua forma: em italiano, chiocciola (caracol); em sueco, snabel (tromba de elefante); em holandês: apestaart (rabo de macaco); noutros idiomas, tem o nome de um doce em forma circular: shtrudel, em Israel; strudel, na Áustria; pretzel, em vários países europeus.
Fonte:ead.pt/blog/